Categorias
Brand

CINCO PASSOS PARA CRIAR UM BOM NOME DE MARCA

Uma parte gratificante do meu trabalho é conhecer o sonho de pessoas e algumas vezes poder contribuir e fazer parte deles. Normalmente no primeiro encontro que tenho com empreendedores interessados em criar uma marca, me deparo com uma situação muito comum:

A maioria tem dificuldade na escolha do nome da nova empresa, produto ou serviço. Isso acontece porque muitas vezes as opções escolhidas e apresentadas por eles, não atendem ao propósito idealizado ou já foram registrados por outras empresas.

Acredito que essa é uma dificuldade encontrada por muitas pessoas, por isso resolvi compartilhar neste post, algumas dicas e orientações simples que podem fazer toda a diferença no desenvolvimento de um projeto de marca e influenciar no seu resultado futuro.

Existem nomes de marcas interessantíssimos, que conquistaram posição de destaque na mente dos consumidores e no entanto, não são nada convencionais. Estas são as excessões a regra, mas o que vou apresentar a seguir são dicas úteis, absorvidas através de literaturas específicas, aliadas as minhas experiências como diretor executivo e diretor de criação da Jungle.

Diferencie a sua oferta dos concorrentes – Uma das funções do nome é apresentar para os consumidores as diferenças do seu produto ou serviço em relação aos concorrentes. Crie um nome que seja único e exclusivo para sua marca, essa singularidade vai trazer vantagens competitivas e consequências positivas no volume de vendas. Uma alternativa para criar nomes únicos é a junção de palavras ou núcleos semânticos. Um bom exemplo dessa prática é o nome dado a marca Adidas, resultado da junção do apelido do seu fundador e seu sobrenome (Adolf Dassler = Adi + Das).

Busque um nome memorável – Um bom nome é aquele que não é esquecido facilmente! Muitas marcas fazem opções por nomes estranhos e que muitas vezes não significam nada, isso pode ser proposital e tem o objetivo de torná-lo inesquecível. A marca de sorvetes premium Häagen-Dazs, teve o nome cuidadosamente manipulado para parecer um produto de origem Escandinávia, mas pertence a uma empresa americana. O resultado é um nome que proporciona valor ao produto, o diferencia na sua categoria e dificilmente passa desapercebido pelo consumidor.

Simples e Compreensível – A menos que conheça muito bem o seu público, como o exemplo da marca de sorvetes premium acima, sugiro que busque nomes simples e de fácil compreensão para o target. Nomes sofisticados podem parecer atraentes, mas se não puderem ser compreendidos para quem supostamente seu produto ou serviço foi criado, os resultados podem ser devastadores. Imaginemos um restaurante popular com a proposta de oferecer alimentação com preço baixo, mas que decide adotar um nome mais sofisticado. Isso pode passar uma mensagem errada e as pessoas entenderem que ali é um local refinado e de refeições mais caras e o resultado no volume de vendas você pode prever.

Curto e Sonoro – Nomes curtos e sonoros são registrados pelo cérebro mais facilmente. Há nomes que soam como música aos nossos ouvidos e ganham vantagens na memória dos consumidores. Nomes como: Fórum, Volvo e Apple são bons exemplos de marcas com nomes curtos, agradáveis de ouvir e pronunciar.

Agora que já entendemos um pouco melhor algumas características importantes na criação de nomes de marcas, vamos avançar para o exercício prático:

  1. Defina o público – Pense em quem vai comprar e usar o produto ou serviço. Como eles são, como se comportam, o que valorizam e como poderiam interpretar sua proposta. Ajuste o foco no seu público e não os perca de vista.
  2. Ouça sugestões – Convide para uma reunião pessoas envolvidas com o projeto e deixe claro as características do público pretendido. Quanto maior o envolvimento emocional melhor! Nesse momento não barre sugestões, não é momento para analisar viabilidades, apenas deixe as ideias fluírem e registre tudo. O que vou dizer agora está baseado apenas na minha experiência, mas a prática mostra uma possibilidade de encontrar um bom nome a cada 50 sugestões.
  3. Avalie – Nesse ponto você deve levar em conta as associações com a marca e o que melhor se encaixa com as definições do público, descritas no passo um (1). Avalie a pronuncia, interpretação, grafia, origem e todos os aspectos que podem gerar dúvida no target.
  4. Selecione – Alguns nomes venceram a etapa de avaliação e agora é preciso escolher no mínimo três deles para avançar para a próxima fase. Utilize o processo de eliminação, tendo como critério os tópicos apresentados acima: diferenciação, memorização, simplicidade, compreensão, extensão e sonoridade.
  5. Registre – Toda marca deve ser registada. Submeta os nomes escolhidos, no mínimo três, a pesquisa de viabilidade para depósito da marca. Isso pode ser feito diretamente junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ou através de uma empresa especializada, o que é mais indicado na minha opinião. As empresas que prestam esse serviço estão familiarizadas com o assunto e as atualizações de leis. Poderão prestar toda assessoria e possuem dicas para um processo de registro bem sucedido.

O que podemos dizer sobre nomes de marcas, é que não existe nome certo ou errado, existem propostas diferentes e maneiras distintas de enxergar a mesma coisa. O mais importante nesse processo é encontrar um nome que respeite o seu público,  toque a sua alma e lhe inspire, pois este nome vai te acompanhar por muito tempo.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *